quarta-feira, 18 de abril de 2007

O monge poeta!

I
Sobre o silêncio fechado do teu mosteiro
devaneias tu, melancólica alma de monge
com a musicalidade poética de um seresteiro
olhar perdido e distante, a imaginação longe
II
Sob a sombra escura do teu pontudo capuz
esconde-te das agruras e das trevas deste mundo
pois que a solidão é às vezes como a luz
em si próprio, à procura d´algo mais profundo
III
Sobre o pequeno pergaminho está a tua pena
porque oficio de poetas e monges são homônimos
na contemplação do sonho, na vida que seduz
IV
Pois a doce poesia escrita em palavras amena
o galgar da vida e da morte em antônimos
como a alegria em ressurreição e tristeza em cruz.

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